Os dentes do siso, também chamados de terceiros molares, geralmente surgem entre os 17 e 25 anos. No entanto, muitas vezes eles não possuem espaço suficiente para erupcionar corretamente, ficando inclusos ou parcialmente erupcionados. Além de causarem dor e desalinhamento dentário, esses dentes podem estar associados a problemas mais graves, como o desenvolvimento de cistos e tumores odontogênicos. Mas como isso acontece e por que é tão importante remover os dentes do siso corretamente? Vamos explicar tudo neste artigo.
Quando os dentes do siso ficam retidos dentro do osso maxilar ou mandibular, podem causar inflamações, infecções e o surgimento de cistos e tumores odontogênicos. Entre as complicações mais comuns, destacam-se:
Cistos odontogênicos – São lesões formadas pelo acúmulo de líquido ao redor do dente incluso. Se não tratados, podem crescer e destruir tecidos ósseos e estruturas adjacentes.
Tumores odontogênicos – Embora menos comuns, alguns tumores podem se desenvolver a partir de tecidos ao redor do dente do siso, como o ameloblastoma, que tem comportamento agressivo e pode exigir cirurgias complexas para sua remoção.
Infecções recorrentes (pericoronarite) – Quando o dente erupciona parcialmente, pode favorecer o acúmulo de bactérias, levando a inflamações e infecções na gengiva e em estruturas vizinhas.
Reabsorção dentária – O dente do siso pode pressionar e desgastar a raiz dos dentes vizinhos, causando danos irreversíveis.
Os tumores odontogênicos originam-se das células que participam da formação dos dentes. Quando um dente do siso permanece incluso por muitos anos, essas células podem sofrer alterações e gerar lesões tumorais. Os tumores podem ser benignos ou, em casos mais raros, malignos. Dentre os mais comuns, destacam-se:
Ameloblastoma: tumor benigno, mas localmente agressivo, podendo causar destruição óssea significativa.
Odontoma: um tipo de tumor benigno composto por tecidos dentários duros (esmalte, dentina e cemento).
Queratocisto odontogênico: apesar de ser classificado como cisto, pode ter comportamento semelhante ao de um tumor, com alta taxa de recorrência.
Para evitar esses problemas, a extração dos dentes do siso é recomendada principalmente nos seguintes casos:
Quando estão inclusos ou impactados, sem espaço suficiente para erupcionar corretamente.
Se houver formação de cistos ou lesões associadas.
Quando causam dor frequente, inflamação ou infecções recorrentes.
Se houver risco de desalinhamento da arcada dentária.
A remoção deve ser feita por um cirurgião-dentista especializado, que avaliará a posição do dente por meio de exames como radiografias e tomografia computadorizada. O procedimento pode ser realizado sob anestesia local ou sedação, dependendo da complexidade do caso.
Embora muitas pessoas pensem que os dentes do siso só precisam ser extraídos se estiverem doendo, a realidade é que sua presença pode representar riscos graves à saúde bucal. O desenvolvimento de cistos e tumores odontogênicos é uma complicação que, apesar de rara, pode levar a danos ósseos significativos e requerer tratamentos invasivos. Por isso, consultar um dentista regularmente e seguir suas recomendações sobre a necessidade de extração dos sisos é essencial para evitar problemas no futuro.
Se você tem dentes do siso inclusos ou sente incômodos na região, procure um profissional para uma avaliação. Cuidar da sua saúde bucal é a melhor forma de prevenir complicações e garantir um sorriso saudável!